sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Reeducando emoções


            É sempre interessante estarmos atentos às mudanças que se tornam o “divisor das águas” no cenário onde se desenrola a dinâmica social. São elas que determinam os rumos e valores que vão delineando o perfil ideal do profissional, não importando a área e a função, mas de modo geral, de tal sorte, que atenda a realidade do mercado de trabalho atual.

 Até bem pouco tempo o valor que se atribuía à inteligência, a genialidade e a desenvoltura intelectual, era quase absoluto. A destreza mental era perseguida pelas empresas que a garimpavam, cuidadosamente, ao entrarem em contato com os pretendentes para alguma função disponível. Entretanto, hoje vemos que este paradigma está sendo aos poucos substituído. Surge novo padrão que determina um melhor desempenho do profissional.

Entra em cena a emoção, ganhando um destaque que, até então, nem se imaginava fosse conquistar. O estudo sobre a inteligência emocional provocou discussões sobre conceitos antes só tratados no meio acadêmico. Trouxe a novidade ao comprovar cientificamente que as emoções estão ligadas à produtividade do indivíduo. Trata-se de uma nova maneira de encarar esta questão, tendo o olhar dirigido para esta característica do comportamento humano.

A partir deste fato, estabeleceu-se, como prioridade, um conhecimento mais apurado da emoção e o desenvolvimento da habilidade em trabalhá-la de forma adequada. Portanto, a capacidade de lidar com as próprias emoções passou a ser foco de interesse nas empresas, por conta do rendimento pessoal.

A reeducação das emoções, por sua vez, tornou-se alvo para os especialistas que atuam em recursos humanos.

O modo como um indivíduo lida com suas emoções enquanto se relaciona com outras pessoas, com situações variáveis, em circunstâncias emergenciais, em ambientes hostis ou sob pressão, é hoje tratado com maior rigor, porque baseado na qualidade deste agir é que será determinada a qualidade de sua produtividade.

Essa nova abordagem favorece amplamente a valorização do ser humano, quebrando a idéia de se robotizá-lo como garantia de uma produção satisfatória.
A felicidade das pessoas também ganha espaço neste novo panorama. A realização e desenvolvimento individual passam a ser essenciais para se obter progresso.

O enfoque constitutivo deste estudo é propiciar que o indivíduo desenvolva-se de tal modo que possa conquistar algumas habilidades essenciais para sua realização, tais como: conhecer suas próprias emoções; administrá-las; motivar a si próprio; reconhecer emoções em outras pessoas e articular relacionamentos.

Assim, a empresa que busca sucesso em suas atividades, deve pensar em treinamentos direcionados, em sua maior parte, aos aspectos emocionais e em menor proporção aos aspectos intelectuais.

Podemos, pois, deduzir que o autoconhecimento retoma um lugar de destaque na formação do indivíduo e no comportamento que apresentará em suas atividades cotidianas.

O “conhece-te a ti mesmo” é resgatado como um conselho, mais que prudente, necessário para que o homem conquiste o direito de exercer a liberdade em sua maneira de relacionar-se com a vida.
Esta premissa nos remete a reflexão do ensino a distância, modalidade que se alicerça no auto desenvolvimento, auto-responsabilidade e comprometimento. Sem disciplina e controle de emoções, parece-me que fica difícil obter-se êxito na grande aventura que é a evolução da humanidade.


Priscila de Loureiro Coelho




terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quanto mais se pensa...mais se encontra o que pensar!

A Educação à distância tem a peculiaridade de ser toda centrada no aluno. É uma modalidade de construir conhecimento fomentando a iniciativa, a consciência, a responsabilidade por si mesmo.
Eis algo que me encanta neste tipo de Educação.

Mas entre a concepção do modelo e a prática, precisamos atravessar uma ponte expressiva que exige de nós muita atenção.

Um dos fatores cruciais pode ser a cultura; levando-se em consideração que é ela que dita o comportamento das pessoas. Talvez seja preciso tempo para que se absorva esta filosofia, pois, em verdade, parece-me que se trata de uma conduta específica, pautada em valores diferentes dos tradicionais e de uma auto consciência aguda.

O desafio é como instalar esta nova cultura, de tal sorte que os alunos aproveitem ao máxiomo a oportunidade que a modernidade esta oferecendo.

Lembro-me do livro: Eram os Deuses astronautas?... Seriam os mestres comunicadores?!